Modéstia nos trajes das crianças é Dever de Mãe
Há muito crime cometido contra o pudor das crianças. Muitas mães exploram “a inocência” dos seus pequeninos. (Esta inocência hoje em dia parece que vai morrendo depressa). Fazem-no com enorme prejuízo e dano sempre. Por mais encanto que sinta a mãezinha antes as carnes macias e rosadas dos filhinhos, não deve, contudo, descuidar da defesa natural da modéstia, que são os vestidos.
…Peito, bracinhos e perninhas estão à mostra; parece até que nem sequer fica velado aquilo que pequena peça do vestuário se esforça por esconder e os descuidos da criança não defendem das vistas dos companheiros, dos grandes. Sem nada desconfiar, seu filhinho o filhinha, não estabelece nenhuma diferença moral no uso das várias partes do seu corpinho. Trata-as com a mesma ingênua desenvoltura. Vai-se assim formando o hábito de considerar como irreais as exigências da pureza.
Em crescendo, veremos a criança desfazer-se de certos cuidados e alargar os limites da liberdade. A experiência diária vive mostrando como o costume de viver com pouca roupa acaba por se tornar tão natural.
Não dizem tantas moças, se as censuram por causa de decotes: Mas que mal há nisso?
As pobrezinhas sempre se viram com pouco vestido, desde que se conhecem como gente. Para mudar-lhes a imodéstia seria necessário reeducá-las.
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Compreendo, certas dificuldades no caso. Os vestidos custam dinheiro, as crianças crescem depressa, tornando imodesto um vestido que ontem era modesto. Dizes que não pode gastar tanto, etc… Mas, se tiveres uma consciência bem prevenida, acharás sempre um jeito de atalhar o mal.
Em todo caso, capricha para que as leis da Igreja sejam observadas no templo, quando teus filhos vão a comunhão e às cerimônias religiosas. Lembra-te que a precocidade sexual dos pequenos é um fato nestes dias de tanta infiltração imoral, pelo cinema (TV), pelas conversas, revistas etc…
“Os olhos da mãe não são feitos como os das pessoas. Descobrem à distância e na sombra, podem ler até nossos corações…Oxalá a experiência não desmentisse tal afirmação! Para que isso não aconteça, é preciso que a vigilância se estenda sobre tudo que possa fazer correr algum perigo às crianças…”
Fonte: Excertos do livro “As três chamas do lar”, Padre Geraldo Pires Souza/ Seleta de textos sobre a modéstia, Escravas de Maria pg 98.