O Fenômeno de São Raimundo de Peñafort
O Fenômeno de São Raimundo de Peñafort
Jaime I, rei de Aragônia, era penitente de São Raimundo. Numa viagem que ia fazer à Ilha Majorca, desejava ter seu confessor como companheiro. No mesmo trajeto, o rei levou uma mulher, com a qual tinha relações ilícitas. São Raimundo pediu que a mandasse embora, mas a mulher ficou.
Chegados a Ilha Majorca, São Raimundo fez a sua permanência na côrte depender do afastamento da concubina da casa real; caso contrário, voltaria para Barcelona .
Jaime ordenou a todos os barqueiros e proprietários de navios que, sob pena de morte, nenhum se atrevesse a transportar o frade para a Espanha.
São Raimundo, ignorando a ordem do Rei, dirigiu-se ao porto, para embarcar num daqueles navios que iam para o continente, mas não achou entre os marinheiros quem o quisesse transportar. Então o santo homem foi até um rochedo, que estava mais para dentro do mar, tomou a capa de seu hábito, estendeu sobre a água, tomou seu bastão, fez o sinal da cruz e pôs-se sobre a capa, como se entrasse numa barca.
Chamou um companheiro para que fosse com ele. Este, porém, não teve o ânimo de segui-lo e, estupefato, presenciou aquele singular embarque. São Raimundo pôs então o bastão no meio, levantou uma parte da capa a modo de vela, uniu-a com a extremidade do bordão e começou a navegar.
Em seis horas fez a viagem até Barcelona percorrendo uma distância de 160 milhas
Chegando a Barcelona, saltou em terra, tirou a capa, que estava enxuta, e foi para o convento. Nele entrou, apesar de estar com todas as portas fechadas.
O rei, sabendo o que tinha acontecido, caiu em si e mudou de vida.
Por isso, a iconografia cristã assim o representa: Navegando sobre as águas, usando como embarcação sua capa, erguida com seu cajado para servir de vela.
Fonte: santossanctorum